No último mês de fevereiro, a cantora e apresentadora Aline Lima, filha do cantor Chitãozinho, concedeu uma entrevista exclusiva para o blog Almanaque Sertanejo em parceria com a Revista Flash Campinas, após uma sessão de fotos, que aconteceu na Loja Maria Pia Casa, na cidade de Campinas/SP.
Abaixo, confira os principais trechos da entrevista na qual a artista fala da expectativa do início de sua carreira como cantora, seu relacionamento com o pai, e de sua vida como atleta e apresentadora.
O mundo dos cavalos sempre fez parte da sua vida, com quantos anos você começou a montar e a competir, e quais os principais prêmios conquistados na categoria três tambores? Eu comecei a montar com 11 anos de idade. Aos 12 anos eu já estava competindo. E, as competições profissionais, comecei aos 14 anos. Fui Vice-campeã brasileira, Campeã no Rodeio de Americana, e vários outros.
E no Rodeio de Jaguariúna? Em Jaguariúna eu já fui Vice-Campeã, santo de casa ainda não fazia milagre… (risos).
Você ainda encontra tempo para estar nas competições, competindo ou comentando as provas de três tambores? O ano passado eu ainda comentei algumas provas, mas competindo não, pois, não dá para treinar. E, para obter bons resultados nas provas é preciso sempre muito treino e dedicação e minha vida agora esta uma loucura. Mas, procuro sempre estar em contato o máximo que eu consigo com esse universo.
Qual foi a reação do seu pai, e da família, de forma geral, ao saber que seria cantora? Foi uma coisa muito natural, não foi assim “Ah gente eu virei cantora”, não tem nem como né. (risos) Foram acontecendo algumas coisas, foi um choque quando eu entrei, porque realmente eu nunca tinha demonstrado interesse nessa área, sempre fui voltada para outras coisas, então foi uma surpresa para todo mundo, mas, todos eles me apoiaram bem.
Como você lida com a pressão de ser filha de um dos maiores cantores do Brasil? Olha, eu cresci com essa pressão eu acho e essa pressão agora como cantora é maior um pouco, eu tento fazer o melhor propósito e não ficar pensando muito nisso, pois, vão falar de qualquer jeito.(risos).
Seu pai, seu tio, e seus primos interferem em sua carreira de alguma forma? Dão dicas? Você pede conselhos? Meu pai mais né, pois, estamos muito próximos e ele está envolvido 100% e eu não faço nada sem ele aprovar. Às vezes ele não participa das escolhas, eu seleciono e ele dá só uma peneirada, mas, o “ok” final é sempre dele. Meu tio é mais discreto e minha prima deu algumas dicas, mas, a minha convivência maior é com meu pai então ele acaba tomando conta de tudo pra mim.
Como pintou o lance de ser apresentadora, já que você, ao lado do Pedro Leonardo, comandam o programa “Mais Caminhos” da EPTV? Consegue conciliar a carreira de artista com a de apresentadora? Quando surgiu esse convite para voltar para a televisão eu fiquei muito feliz, porque eu sempre gostei muito desse lado. Eu já trabalhei bastante em televisão, aí voltar, em Campinas, e nesse programa, foi uma surpresa boa e veio numa hora de lançamento do meu CD que acabou que eu tive que dar uma pausa assim no estúdio, porque a gente viajou, ficamos um mês fora com a equipe da EPTV no começo das gravações. Então assim, só deu uma atrasada nessa outra parte. Hoje sou apresentadora dia de semana e final de semana eu tento exercer o outro lado (risos), mas, a gente sempre “dá um jeito”, tem que dar, a gente consegue né (risos).
“Papo Barato” foi seu primeiro single lançado. Além dela, o que vem mais aí? Está preparando CD? Contem um pouco mais do projeto? O projeto é lançar o trabalho, estou escolhendo ainda as músicas e é uma fase muito difícil, pois, como eu não tenho essa identidade, temos que tomar cuidado com esse primeiro, mas esta sendo gostoso, estamos ouvindo muitas músicas, já estou gravando e esse trabalho tem muita influência do Country. Um trabalho sério, mas, que eu estou me divertindo e espero que o público goste.
Papo barato:
O que você acha hoje do “Sertanejo Universitário”, ou como alguns chamam, de “O Novo Sertanejo?” Eu acho que ele é fundamental, o sertanejo tem que ir se adaptando, pois, as pessoas mudam, o mundo muda, o palco hoje em dia é outro, então isso nada mais é que uma atualização da música mesmo. E, eu acho que isso faz parte, é natural e as coisas vão mudar e continuar mudando e não tem como comparar o universitário com o antigo, com a música raiz, então, não adianta ficar comparando uma coisa com a outra. Mas, está tudo no mesmo segmento. Eu acho que é muito legal, tem muita gente boa, alguns a gente fica meio assustada com algumas letras e com algumas coisas, mas tem muita coisa boa e uma geração que vai continuar com certeza.
Você pretende fazer algum trabalho ou parceria com algum desses artistas? Como vários artistas vêm fazendo. É tem muitos que já se lançam no mercado com algumas participações, mas, eu não pretendo agora, eu quero que as coisas aconteçam naturalmente, uma coisa menos pensada, eu vou fazendo o meu trabalho e se aparecer alguém e se interessar que possa incluir e que seja uma ideia boa, claro que sim. A gente tem que estar aberto para tudo. Mas, a princípio eu ainda não tenho esse foco, acho que isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde. Isso pode acontecer esse ano, ou ano que vem, quem sabe (risos).
Cite alguns nomes que você aprecia dessa nova geração? Gosto muito do trabalho do Victor & Leo, acho que é um sertanejo que não é tão universitário, eles entraram na moda do universitário, mas, é outro segmento e acho muito bom o trabalho deles, qualidade muito boa. Jorge & Mateus gosto bastante, Fernando & Sorocaba fazem um trabalho incrível também. E, o Sorocaba é um empresário muito bom. A ideia que ele traz para o meio da música eu acho fantástico. Essas duplas, em minha opinião, são as mais fortes, eles mudaram o mundo dos shows, de rotina, de valores, eles deram uma atualizada e um “boom” no sertanejo.
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